Dois funcionários de alto escalão da empresa THV, de Pouso Alegre (MG), foram presos nesta quarta-feira (24) durante a segunda fase da Operação Calliphora, desencadeada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP). A companhia atua no ramo de limpeza e conservação.
Conforme o MP, os dois ocupavam "papel de destaque e de suma importância na realização das fraudes às licitações e na distribuição de propinas". O prejuízo estimado aos cofres públicos é de R$ 16,7 milhões.
Na casa dos investigados, foram cumpridos mandados de busca e apreensão. Celulares, cartões de memória, notebooks, iPad e diversos documentos foram recolhidos.
Ao todo, nesta fase, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão e cinco de prisão temporária em cidades de São Paulo e Minas Gerais.
As investigações são conduzidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público. Segundo o órgão, uma organização criminosa manipulava licitações, principalmente em contratos de limpeza pública, desde a fase de elaboração dos editais, restringindo a participação de concorrentes.
O grupo também aliciava empresas para que desistissem da disputa em troca de vantagens econômicas. Após a contratação, o esquema continuava com fraudes na execução dos serviços, permitindo lucro ilícito e distribuição de propinas.
O Ministério Público apura o esquema de fraudes na Prefeitura de Pirassununga, no interior de São Paulo.
A primeira fase da Operação Calliphora foi deflagrada em dezembro de 2023. Na ocasião, o Gaeco e a Polícia Militar cumpriram 13 mandados de busca e apreensão em Pirassununga, São José do Rio Preto (SP) e Pouso Alegre.
Créditos (Imagem de capa): PM Pirassununga / Divulgação
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