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Um soterramento deixou trabalhadores mortos na manhã desta terça-feira (17), no bairro Belvedere, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O desastre resultou em quatro mortes, de acordo com informações fornecidas pelo Corpo de Bombeiros. Veja o vídeo.

Conforme relatado pela corporação, o ocorrido se deu devido a rachaduras em um talude, uma encosta construída para conter a inclinação do terreno, com cerca de três metros de altura. Os trabalhadores tentaram conter a situação, mas, lamentavelmente, a estrutura cedeu.

Pelo menos cinco pessoas envolvidas na construção civil foram atingidas durante o desmoronamento, enquanto uma sexta pessoa conseguiu escapar antes do evento. As equipes de resgate encontraram os corpos de três homens nos destroços, identificados como Zacarias Evangelista Fonseca, 59 anos, Roberto Mauro da Silva, 55 anos, e Rafael Pereira Barbosa, 35 anos.

Uma engenheira de 30 anos, Juliana Angélica Menezes Veloso, foi resgatada por um helicóptero do Arcanjo e encaminhada para o Hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Além disso, um homem de 23 anos ficou ferido e com escoriações nas pernas.

Segundo o tenente do Corpo de Bombeiros, Felipe Biasibetti, "Um talude onde estava sendo feito um trabalho de fundação estava com um corte em 90°. A princípio sem escoramento e esse terreno veio a ceder e soterrar esses funcionários. Mas a obra tem responsável técnico, tem autorização da prefeitura, está em situação legal."

O evento mobilizou seis viaturas do Corpo de Bombeiros e ambulâncias do Samu, com a Defesa Civil da capital presente no local, isolando a área do desastre. O tenente Henrique Barcelos, porta-voz da corporação, afirmou que "Esses operários estavam trabalhando num escoramento perto desse local. Segundo o engenheiro da obra que está presente no local, todos os operários estavam com equipamentos de segurança, capacete."

A obra se tratava da construção de uma unidade de supermercado. A rede Verdemar emitiu uma nota lamentando profundamente o ocorrido e informando que está acompanhando de perto a assistência às vítimas, juntamente com a Construtora Kaeng, empresa terceirizada responsável pela obra.