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A mãe das crianças abusadas em Pouso Alegre, disse em depoimento à Polícia Civil que achava a prática comum, justificando sua omissão com o fato de ter sido abusada na infância. Segundo a investigação, o padrasto, de 41 anos, é acusado de estuprar seus dois filhos, um deles autista, e duas enteadas, com idades entre 4 e 15 anos. Os abusos teriam começado em 2021, no Maranhão, e continuaram após a família se mudar para Minas Gerais. Veja o vídeo.

A delegada responsável pelo caso informou que a mãe, de 36 anos, sabia dos abusos e não tomou nenhuma providência para impedi-los. Em depoimento, a mãe afirmou que, por ter sido vítima de abuso quando criança, acreditava que o abuso era "natural" e que suas filhas "não teriam problema" em passar pela mesma situação.

Ela deixava os filhos, incluindo um menino autista de 4 anos, sob responsabilidade do padrasto por horas, mesmo sabendo dos abusos. Um dos casos mais graves envolve uma menina de 6 anos, que colou suas partes íntimas para se proteger dos abusos. A criança relatou que fez isso para "o tio não mexer comigo, não namorar comigo".

As crianças foram retiradas da mãe e estão em um abrigo. O padrasto foi preso e está à disposição da Justiça. A mãe permanece em liberdade, pois a Justiça entendeu que não havia risco para as crianças, que já foram acolhidas institucionalmente.