Indígenas da aldeia Muruary, do Baixo Tapajós, realizaram um protesto na tarde desta terça-feira (7) durante um seminário sobre a viabilidade da ferrovia EF-170, a Ferrogrão, que aconteceu em Santarém, no Pará. Veja o vídeo.
Os manifestantes do Baixo Tapajós, que é lar de 14 diferentes povos indígenas, esfregaram urucum no rosto de representes de entidades que defensoras da construção da ferrovia. Num vídeo que circula nas redes sociais, é possível ver um indígena da aldeia Muruary realizando o protesto com urucum.
Na publicação original, postado pelo também membro da aldeia Muruary, João Kumaruara, escreve:
“Esse gesto representou uma oposição veemente a essa proposta de desenvolvimento que busca abrir uma extensão de 900 mil hectares entre o Mato Grosso e o Pará na Amazônia. Os impactos desse empreendimento afetarão diretamente não apenas as aldeias indígenas que residem na região” contou João na publicação original.
A construção da ferrovia vai conectar Sinop, no Mato Grosso, à Miritituba, no Pará, porém, o projeto que possui cerca de 933 quilômetros pode passar em áreas de preservação e terras indígenas.
A obra faz parte do Novo PAC que prevê investimentos na Estrada de Ferro Carajás (EFC) e a elaboração dos estudos para a concessão da EF-170, a Ferrogrão. No total, serão cerca de R$ 8 bilhões para intervenções em rodovias e ferrovias.
Créditos (Imagem de capa): João Kumaruara
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