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O Brasil registrou 108 tremores de terra desde o início de 2024, segundo o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP). Minas Gerais lidera com 55 tremores, destacando-se no cenário sísmico brasileiro. A cidade de Frutal, no sul do estado, teve 25 ocorrências. Outros municípios como Matozinhos, Lagoa Santa, Carai e Sete Lagoas também apresentaram atividade sísmica significativa.

Os tremores em Minas Gerais foram, na maioria, de baixa magnitude e imperceptíveis para a população. No entanto, Frutal registrou um tremor de magnitude 4, um dos mais fortes do estado.

Outros estados também registraram atividades sísmicas em 2024:
• Bahia: 13 tremores, principalmente em Uauá.
• Rio Grande do Sul e Paraná: 7 tremores cada.
• São Paulo: 6 tremores.
• Mato Grosso: 4 tremores.
• Goiás: 3 tremores.

Segundo o professor Juraci de Carvalho, especialista em terremotos do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília (UnB), o Brasil não está na borda de uma placa tectônica, o que reduz a frequência e intensidade dos terremotos em comparação com países como Estados Unidos, Chile e Japão. No entanto, pressões geológicas causam abalos sísmicos internos.

"Estamos dentro da placa, mas há pressões tectônicas que causam pequenos tremores. A Cadeia Mesoatlântica empurra o Brasil em direção ao Pacífico, enquanto a placa de Nazca empurra de volta, gerando tensão e ocasionalmente liberando essa energia em forma de terremotos," explicou Carvalho.

Dos 108 tremores registrados, a maioria foi de baixa magnitude, e apenas nove tiveram magnitude superior a 3 na Escala Richter. Esses eventos raramente causam danos estruturais ou riscos significativos para a população. No entanto, tremores de maior magnitude, como os registrados na fronteira entre Brasil e Peru, e no oeste brasileiro, com magnitudes de até 6,6, podem ser percebidos em áreas mais amplas e causar preocupação.