O homem acusado pela morte de Cleide Maria Gomes, de 54 anos, foi condenado a 16 anos e 4 meses de prisão em regime fechado, após júri popular realizado nesta quarta-feira (26). O crime aconteceu em julho de 2019, quando Cleide foi morta a facadas enquanto ia para o trabalho. Parte da ação foi registrada por câmeras de segurança.
Segundo o Fórum de Santa Rita do Sapucaí, foi decretada a prisão preventiva de João Wenceslau Cândido, pedreiro de 76 anos. Durante o julgamento, o juiz Hélio Walter de Araújo Júnior negou um pedido de habeas corpus feito pela Defesa.
Em outubro de 2021, o réu foi condenado a quatro anos de prisão, mas o julgamento foi anulado após recurso de acusação. Ele ficou preso por dois anos e foi solto com liberdade provisória. Em junho de 2023, passou por novo júri e recebeu a pena atual por homicídio qualificado, com recurso que dificultou a defesa da vítima. A Defesa recorreu novamente, alegando que houve referência indevida ao primeiro julgamento.
O advogado de defesa, Valdomiro Vieira, afirmou que sempre buscou o cumprimento especificamente do rito do Tribunal do Júri, com base na plenitude de defesa, um direito constitucional. "Julgar é diferente de decidir. A defesa confia em um julgamento justo", destacou.
O crime ocorreu na madrugada de 30 de julho, no bairro São Roque. João levava a companheira para o trabalho quando, após uma discussão por ciúmes, a golpeou com uma faca. A mulher foi encontrada caída na rua pelos militares. Após o crime, o homem fugiu para a zona rural e tentou suicídio às margens da BR-459, sendo socorrido pelo Samu e preso em flagrante. A faca usada foi aprendida.
Créditos (Imagem de capa): Reprodução
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